Alguns manifestantes que se encontram junto à escadaria da Assembleia da República a protestar contra o Orçamento do Estado para 2013 desde as 15h fizeram hoje uma fogueira, ateando fogo a sacos do lixo e a um contentor.
Dezenas de manifestantes estão cara a cara com a primeira linha de agentes do corpo de intervenção da Polícia de Segurança Pública, colocada no final da escadaria da Assembleia da República, em Lisboa.
Depois de derrubadas as grades que separavam a multidão do perímetro de segurança delimitado em torno do parlamento, muitos manifestantes subiram os primeiros degraus e, a curta distância dos agentes, pediram-lhes que se juntarem ao protesto.
"Vocês deviam era estar aqui connosco, não era a protegerem esses gajos. Chega!", dizia um jovem manifestante a um agente que permanecia impassível por trás da viseira do capacete.
Entre os manifestantes, de vez em quando gritam-se palavras de ordem como "Invasão, invasão" ou "Está na hora de arder o Parlamento", mas, até agora, a única ação mais violenta foi o arremessar de garrafas contra os agentes policiais, que, no entanto, não reagiram.
Entretanto, uma manifestante foi atingida na cabeça por uma garrafa arremessada por outro e foi receber assistência atrás do cordão policial.
O fundo da escadaria da Assembleia da República está completamente apinhado de polícias, manifestantes e jornalistas, que procuram obter a melhor imagem de manifestantes e agentes frente a frente.
Em todo o espaço em frente ao parlamento há muitas pessoas que se limitam observar os acontecimentos, tomando, de vez em quando, a iniciativa de se juntar às palavras de ordem.
Derrubadas as grades, cabe agora aos agentes policiais fazerem cordão de segurança para impedir os manifestantes de subirem e ocuparem posições no espaço relvado, como aconteceu a 15 de outubro, quando se realizou a manifestação de 'cerco ao parlamento'.
Até agora não houve qualquer confronto entre manifestantes e forças de segurança.
A Calçada da Estrela está cortada ao trânsito e junto à residência oficial do primeiro-ministro foram colocadas grades, estando no local cerca de uma dezena de elementos do Corpo de Intervenção da PSP, com equipamento antimotim.