Milhões de pessoas foram afetadas nesta terça-feira pela passagem da gigantesca tempestade Sandy por Nova York e por um amplo trecho da Costa Leste norte-americana, que sofreu grandes inundações e apagões generalizados. O número de mortos subiu para pelo menos 30.
Sandy, que chegou à costa durante à noite em Nova Jersey, com ventos semelhantes aos de um furacão, foi a maior tempestade a atingir o país em várias gerações. Entre outros transtornos, causou inundações no metrô de Nova York e no entorno da Wall Street, em Manhattan, interrompendo pelo segundo dia as atividades no mais importante mercado financeiro mundial.
Enfraquecido, mas ainda abrangente, o sistema continuou avançando para o interior, e mais de 1 milhão de pessoas em 12 Estados permanecem sob ordens de deixar suas casas. Por onde passou, Sandy deixou um rastro de destruição, com casas submersas, árvores arrancadas e fiações de luz caídas.
A tempestade interrompeu a campanha presidencial, exatamente uma semana antes da eleição, mas deu ao presidente Barack Obama uma vitrine para expor sua liderança. Obama foi elogiado pelo governador de Nova Jersey, Chris Christie, apoiador do rival eleitoral do presidente, o republicano Mitt Romney.
"Quero todos inclinados sobre isso", disse Obama a seus assessores na Sala de Situação da Casa Branca, segundo relato de um presente. "Não quero escutar que não fizemos algo porque a burocracia atrapalhou."
Na costa de Nova Jersey, empresas e moradias sofreram uma devastação que Christie descreveu, após ver fotos aéreas, como "impensável".
Obama baixou decretos declarando situação de "grande desastre" em Nova York e Nova Jersey. Uma empresa especializada previu prejuízos de até 20 milhões de dólares no país, sendo apenas metade do valor coberto por seguro.
"Que ninguém se engane. Esta é uma tempestade devastadora, talvez a pior que já tenhamos experimentado", disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.